 No dia 20 de outubro de 2024, no Vaticano, no contexto do Dia Mundial das Missões, o Papa Francisco proclamou como santo o beato José Allamano, fundador de dois Institutos missionários ad gentes: os Missionários e as Missionárias da Consolata. Agora, ao celebrarmos o primeiro aniversário desta canonização, somos convidados a revisitar o significado desse momento para a Igreja e para todos os que foram tocados pela sua espiritualidade e carisma. A propósito, o padre Jonah M. Makau, IMC, do secretariado da Postulação, enviou uma carta aos Missionários da Consolata, recordando este aniversário.
No dia 20 de outubro de 2024, no Vaticano, no contexto do Dia Mundial das Missões, o Papa Francisco proclamou como santo o beato José Allamano, fundador de dois Institutos missionários ad gentes: os Missionários e as Missionárias da Consolata. Agora, ao celebrarmos o primeiro aniversário desta canonização, somos convidados a revisitar o significado desse momento para a Igreja e para todos os que foram tocados pela sua espiritualidade e carisma. A propósito, o padre Jonah M. Makau, IMC, do secretariado da Postulação, enviou uma carta aos Missionários da Consolata, recordando este aniversário.
“Aos Missionários da Consolata
Queridos Irmãos
Está próximo o primeiro aniversário da canonização do nosso Fundador São José Allamano, celebrada a 20 de outubro de 2024. Daqui a dias, teremos a oportunidade de recordar o glorioso acontecimento através do qual o nosso Fundador foi declarado ao povo de Deus como digno de veneração universal por parte de toda a Igreja. Como sabeis, a canonização não é apenas o ato da criação de um santo, mas sim um reconhecimento de que a pessoa já está na presença de Deus e serve de modelo de santidade para os fiéis imitarem. Isso aponta para o objetivo desta mensagem.
Cremos que São José Allamano é uma lâmpada acesa, que não deve ser colocada debaixo do alqueire, mas no candelabro, para que possa brilhar na Igreja assim como brilhou para nós no Instituto. Mesmo sem vê-lo nesta terra, pudemos entrar em plena sintonia com ele, pondo em prática o carisma que nos deu e vivendo como ele ensinou. Agora, graças a Deus, podemos dizer que o conhecemos bem e que somos capazes de difundir a sua mensagem dum modo genuíno. Estando convencidos de que o povo de Deus tem o direito de conhecer cada vez melhor os modelos de santidade que Deus prepara, temos o dever de tornar conhecida e amada a vida e os ensinamentos do nosso Fundador. Não devemos, portanto, reservar essa luz apenas para nós mesmos, nem mantê-la escondida dentro dos nossos Institutos. É isso que o evangelho nos convida a fazer quando diz: “Que a vossa luz brilhe diante dos homens” (Mateus 5:16).
O nosso Fundador era um homem de profunda vida interior, um mestre de oração, que além de seu serviço ao povo de Deus no Santuário da Consolata, também passava longas horas em adoração. É por isso que muitas vezes ele disse que não era suficiente rezar – um missionário tinha de crescer no espírito de oração. De facto, às resoluções dos exercícios espirituais que uma vez ele estava a dar, acrescentou: “Quero rezar muito e bem” (Conf. IMC, III, 611). Nisto viveu a experiência de Jesus, que se retirava para lugares solitários para rezar e nos ensinar a «rezar sempre, sem nunca desistir» (Lc 18, 1). O nosso Fundador no céu é um intercessor junto a Deus por aqueles que o invocam. Continuemos orando a Deus por intercessão de São José Allamano.
O Secretariado da Postulação convida-nos a celebrar solenemente e, onde for possível, a encorajar a participação do povo de Deus. Renovemos a tradição de recordar o testemunho da sua vida, do seu ensinamento e das suas intuições missionárias. Tornemos também conhecida entre o povo de Deus a pedagogia do nosso Fundador sobre a oração, além dos seus “amores”, que incluíam a Eucaristia e a Bem-Aventurada Virgem Maria (Nossa Senhora da Consolata).
O povo de Deus ficará feliz por se tornar discípulo do nosso Fundador, sábio mestre de oração.
Que este primeiro aniversário da canonização do nosso Fundador seja para nós um impulso de renovação espiritual, segundo a identidade e as exigências da nossa vocação missionária, enriquecida pelo nosso carisma. A vida espiritual desejada pelo nosso Fundador, alimentada por uma sólida piedade eucarística e expressa num caloroso e sincero espírito de família, seja para nós o fogo que abrasa o nosso compromisso missionário pela salvação de todos.”
P. Jonah M. Makau, IMC, Secretariado da Postulação
 
     
         
         
        