JMJ 2023: Consolata em Portugal vai acolher 140 jovens de quase 20 países

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Sede das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), em Lisboa

 

Os espaços da Consolata em Fátima (de 26 a 30 julho) e da Escola Luís Madureira, na Amadora (de 31 de julho a 6 de agosto), vão acolher cerca de 140 peregrinos, a maioria jovens ligados à Consolata, para os “Dias da Consolata” e a JMJ.

 

Texto e foto: Albino Brás

 

Os Missionários da Consolata em Portugal vão acolher 140 peregrinos oriundo de cerca de 20 países, entre jovens ligados à Consolata e padres, irmãs e irmãos missionários que os acompanham, e que vem participar nos “Dias da Consolata” (pré-jornada) e logo a seguir na Jornada Mundial da Juventude – JMJ Lisboa 2023, que tem abertura oficial em 1 de agosto. 

 

São esperados jovens peregrinos da Itália (22), Estados Unidos da América (19), Brasil (16), Essuatíni (antiga Suazilândia, com 16 inscritos), Colômbia (10), África do Sul, Congo e Quénia (4 inscritos cada), Moçambique (3), Argentina e Tanzânia (2 cada), Burkina Faso, Madagascar, México, Venezuela e Zimbabwe (todos com um participante cada). 

 

Portugal, o país anfitrião, conta com 32 participantes neste grande grupo que representa a grande Família Consolata no mundo e que se faz presente na JMJ 2023. Neste número estão incluídos os membros da organização assim como os padres, irmãos e irmãs missionárias da Consolata que acompanham este jovens até Portugal.

 

Pré-jornada: os “Dias da Consolata”

O encontro internacional (pré-jornada) que antecede a JMJ vai ter como base as instalações da Consolata em Fátima, e vai decorrer entre os dias 26 e 30 de julho. Para estes dias estão previstas algumas atividades diversificadas. O padre Simão Pedro, que faz animação missionária a partir da comunidade IMC residente naquela cidade-santuário, diz, com indisfarçavel entusiasmo, que o maior grupo dos jovens consolatinos portugueses inscritos provêm de Fátima e das aldeias circundantes, e têm feito “muito e bom trabalho como anfitriões deste encontro”, como pintar, arrumar e preparar e os espaços que vão acolher os outros jovens que irão chegar do resto do país e sobretudo do estrangeiro.

 

“Queremos acolher bem, para que todos se sintam em casa”, diz por sua vez o coordenador da JMJ para os Missionários da Consolata, padre Álvaro Pacheco, para em seguida acrescentar: “Não é apenas a JMJ que acontece, mas é também a Família Consolata que se encontra”, e isso “cria um outro nível de afeto e de relação”, conclui.

 

Do programa da pré-jornada, ou “Dias da Consolata”, constam muitas dinâmicas e atividades, como uma visita guiada ao Santuário e aos locais dos pastorinhos, um retiro e até um dia cheio de música. Tratar-se do Festival Jovem., uma iniciativa em que cada um dos oito grupos de jovens ali constituídos é convidado a fazer uma canção original, letra e melodia, inspirada no tema da JMJ: “Maria levantou-se e partiu apressadamente”. O dia conclui com um grande concerto da banda católica “Os Discípulos de Fátima”, um projeto musical que nasceu em 2017.

 

Os dias da JMJ Lisboa 2023

O padre Álvaro Pacheco, que ficou como elo de ligação para estabelecer os contactos com os missionários da Consolata espalhados pelo mundo, conta que no principio pensavam reunir de 100 a 120 jovens na comunidade da Consolata no Cacém, mas com o decorrer do tempo deram-se conta que era preciso encontrar um espaço que pudesse albergar um maior número de participantes. “Notei que havia uma grande vontade de participar mas também uma vontade de estar juntos, porque somos todos Consolata”, explica este animador missionário, que reside na comunidade da Consolata de Águas Santas.    

 

E foi assim que, num diálogo com o dr. Manuel Girão, Diretor Geral da Santa Casa da Misericórdia da Amadora (SCMA), e onde a comunidade da Consolata no Zambujal presta serviços pastorais, este colocou à disposição os espaços da Escola Luís Madureira, uma das muitas valências desta que é uma das maiores SCM do país. Agradecidos pelo gesto, a organização apontou assim para um maior número de inscritos, chegando agora aos 140. 

 

Quanto à dinâmica e metodologia do encontro, o padre Álvaro Pacheco explica que, como na pré-jornada em Fátima não podem estar a totalidade dos inscritos (alguns só chegarão a Portugal para a semana da JMJ), o dia 2 de agosto – com os jovens já instalados na Escola Luís Madureira, na Amadora, que acolhe os jovens consolatinos no decorrer da JMJ – será uma jornada reservada só para o grupo Consolata, para se conhecerem melhor entre todos. Dia, também, em que o Mário Linhares, dos Leigos Missionários da Consolata (LMC) e coordenador do projeto ‘Zambujal 360’, irá fazer de guia pelas ruas do Bairro do Zambujal, onde os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ganham destaque. 

 

A JMJ 2023 e o pós-jornada

O padre Simão diz ter confiança de que a JMJ vai ser “um momento formidável, de encontro de jovens” ligados à Consolata, mas manifesta também o que diz ser “uma esperança e uma preocupação”. E explica: “A minha esperança e preocupação é saber o que a experiência que os jovens vão fazer da JMJ, e a presença e palavras do Papa Francisco, vão deixar para a vida destes jovens; que diretrizes, que caminhos novos?”.

 

O padre Álvaro diz que toda a preparação tem sido dura, sobretudo por causa da documentação e vistos necessários para os jovens poderem viajar para Portugal, sendo que alguns governos colocaram muitas dificuldades, Não foi fácil gerir também a indefinição de alguns jovens, quanto à participação ou não na JMJ, “deixando tudo para a última hora”, lamenta. No entanto, o padre Álvaro não tem dúvidas de que o encontro será “um sucesso”. Diz que em todo este processo, e depois de tantos contactos e reuniões por zoom com outros coordenadores espalhados pelo mundo, “é tão bom percebermos que a Consolata é uma família alargada”, sublinha. 

 

Perguntado sobre o que pensa que vai sentir no dia 7 de agosto, ao cair do pano, confessa que apenas espera “sentir gratidão”, especialmente porque “como Consolata pudemos experimentar esta grande festa da juventude e conhecer outras realidades”. E espera que a JMJ não seja “só uma festa, mas que os jovens levem o espírito da JMJ com eles” e, com relação à Consolata em concreto, que os jovens “consolidem o sentido de pertença, experimentando que somos uma família mundial”. 

 

A ‘Comissão das Jornadas’, no âmbito dos participantes inscritos através da Consolata em Portugal, é composta pelos padres missionários da Consolata: Álvaro, Bernard, Simão, Geoffrey, Antony, Faustino, Irmã Anistalda, das Missionárias da Consolata e duas Leigas Missionárias da Consolata, Ana Isabel e Teresa Silva. 

 

A Jornada Mundial da Juventude, considerada o maior acontecimento da Igreja Católica, vai realizar-se em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto, com o tema ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’, uma passagem do Evangelho segundo São Lucas (Lc 1,39). São esperadas mais de 1 milhões de pessoas, e contará com a presença do Papa Francisco (2 a 6 de agosto), o qual também deverá deslocar-se a Fátima.