Dança e cânticos africanos criam ‘ponte’ entre Portugal e povos distantes

Eucaristia da Peregrinação da Família Consolata criou uma ‘ponte’ para outros países onde os missionários estão presentes. Jovens cantaram em línguas africanas, e apresentaram aos peregrinos uma dança originária de África. Na homilia, o jovem sacerdote Augusto Faustino disse aos peregrinos que “devemos estar sempre dispostos a oferecer ajuda e conforto aos que precisam”

 

A Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima, acolheu na tarde deste sábado, 25 de fevereiro, a Eucaristia da 33ª Peregrinação da Família Consolata. A celebração foi alegremente animada pelo Chorus, um grupo coral que reúne jovens do Norte de Portugal, ligados aos Missionários da Consolata. Os jovens entoaram cânticos em língua portuguesa, mas também em idiomas onde a Consolata está em missão. No decorrer da celebração, os peregrinos puderam assim escutar músicas em língua macúa e suaíli.

O momento do ofertório assumiu especial destaque. Contemplou uma dança, que envolveu o grupo Pro-Voca e WKND com Jesus, ambos ligados à Consolata, e o momento de ação de graças contou com a intervenção de crianças, que prepararam uma dinâmica para os peregrinos, sob orientação da congregação Escravas da Eucaristia e da Mãe de Deus.

A presidir à celebração esteve Augusto Faustino, ordenado sacerdote missionário da Consolata no passado mês de setembro, em Mecanhelas, Moçambique, e que atualmente se encontra em missão no Bairro do Zambujal, na Amadora, Lisboa. Na homilia, o religioso fez alusão ao tema da peregrinação – “Maria levantou-se e partiu apressadamente” – assim como à temática das leituras anteriormente proferidas.

 

“Precisamos uns dos outros”

“Como membros da Família Consolata, somos chamados a seguir os passos de Maria e a colocar-nos a serviço dos outros. A exemplo de Maria, devemos estar prontos para ajudar aqueles que precisam de nós, independentemente das nossas próprias circunstâncias. Assim como Maria, também somos chamados a levantarmo-nos e a partirmos apressadamente quando Deus nos chama. Não devemos hesitar em responder ao chamamento de Deus, mesmo quando isso significa sacrificar os nossos próprios desejos e necessidades. Mas também precisamos lembrar que não podemos responder a esse chamamento sozinhos. Precisamos uns dos outros, precisamos de apoio e orientação, e devemos estar sempre dispostos a oferecer ajuda e conforto aos que precisam”, frisou o missionário, fazendo depois referência ao fundador da congregação.

 

“Levar o amor de Deus a todos os povos”

“Como família Consolata reunida para celebrar o 33.º aniversário da beatificação de José Allamano, fundador dos Missionários e Missionárias da Consolata, temos a missão específica de levar a mensagem do amor de Deus a todos os povos e nações. Isso requer da nossa prontidão, humildade e disposição para servir os outros, especialmente os mais necessitados. Que esta peregrinação seja um momento de encontro com Deus e com nossos irmãos que caminham connosco. Que nossa prontidão em servir e amar seja uma fonte de alegria e louvor a Deus e que a Nossa Senhora da Consolata e beato José Allamano nos ajudem a cumprir fielmente nossa missão de levar o amor de Deus a todos os povos apressadamente”, disse.

 

Gratidão pela presença de cada peregrino

O encerramento da celebração foi uma ocasião para escutar Bernard Obiero, conselheiro da Região Europa dos Missionários da Consolata, que agradeceu a todos os peregrinos e grupos da Família Consolata, pela sua presença, amizade, oração e contribuição para o sucesso da peregrinação. Após a Eucaristia seguiu-se a saudação e consagração a Nossa Senhora de Fátima, na Capelinha das Aparições, um momento que foi animado pelos jovens da Chainça, do município de Leiria. Chega assim ao fim a 33ª Peregrinação da Família Consolata, um momento muito aguardado por milhares de peregrinos, que neste dia têm a oportunidade de visitar Fátima, inseridos numa congregação com uma forte dimensão missionária, que procura apoiar os mais frágeis, em dezenas de países do mundo.