Eucaristia exequial de Aventino Oliveira foi uma ocasião para lembrar a vida de um “grande missionário” que procurou ser uma presença “consoladora para tantos corações que a ele recorriam”, recordam os Missionários da Consolata
A Missa exequial de Aventino Oliveira, sacerdote Missionário da Consolata falecido no passado sábado, 21 de agosto, aconteceu esta segunda-feira, dia 23, na capela dos Missionários da Consolata, em Fátima. A celebração foi uma ocasião para assinalar a “passagem” da “missão terrena à missão celeste”, daquele que é considerado como um “grande divulgador da Mensagem de Fátima”, e para dar “graças pelos benefícios recebidos e pelo bem realizado, especialmente na missão”, afirmaram os Missionários da Consolata no início da celebração.
A presidir à Eucaristia esteve André Ribeiro, sacerdote Missionário de Consolata, que sublinhou que Aventino Oliveira “passou pelo mundo viajando, cumprindo”, e que hoje “tudo está consumado, com a sua entrega”. O padre André destacou que o missionário falecido “se entregou por todos aqueles que necessitavam”, tendo sido uma presença “consoladora para tantos corações que a ele recorriam”.
Segundo André Ribeiro, o padre Aventino “ofereceu-se em entrega e amor”. “Foram milhares aqueles que lhe foram confiados”, lembrou o padre André, destacando que o serviço missionário prestado por Aventino o tornou num “modelo e testemunho para os outros”. André Ribeiro recorda “um homem que estava seguro daquilo em que acreditava”. A morte do missionário deixa muitos “com o coração apertado”, mas com a certeza de que ele “já se transformou na luz”. “Que ele seja uma semente no coração de tantos” com quem ele se deparou, “para que essa semente possa dar” frutos, apelou o padre André.
Antes que a celebração chegasse ao fim, Jaime Marques, sacerdote missionário da Consolata, dirigiu-se à assembleia, recordando diversos momentos da vida de Aventino, que identificou como um “grande missionário”. Natural de Castelo Branco, Aventino “fez parte do primeiro grupo de seminaristas acolhidos pelo padre João De Marchi”, fundador do primeiro Seminário da Consolata de Portugal e autor do livro “Era uma Senhora mais brilhante que o sol”.
O padre Aventino passou por países como Itália e Estados Unidos da América, onde se formou e prestou serviço missionário em vários âmbitos. Jaime Marques recorda que o falecido sacerdote contribuiu para a divulgação da “devoção a Nossa Senhora de Fátima”, e, nos momentos mais recentes da sua vida prestava “atendimento personalizado – psicológico ou religioso – a muitas pessoas, que pediam conselhos”. Também se dedicava ao “acolhimento aos hóspedes” no Consolata Hotel.
Perante a assembleia presente na capela dos Missionários da Consolata em Fátima, o padre Jaime lembrou que “são conhecidos e muito apreciados” os textos do padre Aventino “sobre a bibliografia dos missionários falecidos”, através da rubrica ‘Vida com vida’, que integra a revista ‘Fátima Missionária’. Aventino era “um homem exigente, culto”, com uma “profunda devoção a Nossa Senhora”, destacou o padre Jaime.
Nascido a 24 de fevereiro de 1933, em Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco, o padre Aventino morreu aos 88 anos. “Tinha 68 anos de profissão religiosa e 64 anos de sacerdócio”. Em nome de todos os presentes e pessoas amigas do Instituto Missionário da Consolata, o padre Jaime agradeceu a Aventino por todo o seu testemunho, doação e exemplo. “Obrigado padre Aventino”, disse o missionário. Após a Eucaristia seguiu-se cortejo fúnebre até ao cemitério de Fátima.