O diácono Antony Malila, jovem queniano que acaba de completar o ano de serviço (estágio pastoral), na comunidade da Consolata de Águas Santas, Maia, vai ser ordenado sacerdote, juntamente com mais quatro companheiros, também da Consolata, nesta sexta-feira, 20 de outubro, dia feriado naquele país africano, numa celebração que vai ter lugar no Consolata Seminary Langata, em Nairobi.
Nos últimos dias (9 a 18 de outubro) participou num retiro espiritual, juntamente com os outros quatro diáconos que com ele vão ser ordenados, em preparação para a esta grande celebração. «Vai ser uma experiência única para mim e para a minha família», confessa.
Malila, tem quatro irmãos, é da tribo Kamba, e perguntado se se sente preparado para o importante passo que vai dar, na consagração a Deus e à missão como padre missionário da Consolata, diz ter as ideias claras: «O que Deus quer na minha vida é servir as pessoas. Não é um caminho para ganhar poder, mas é servir para ser santo. O sacerdócio não é um ponto de chegada, mas o início de uma nova caminhada, à qual Deus me está a chamar».
Diz também ter todo o apoio da família, na sua caminhada vocacional. «Todos crescemos na Igreja Católica. Só uma irmã não gosta muito de ir à Igreja. Os meus pais e os meus irmãos são católicos e apoiam-me muito em tudo aquilo que eu preciso. Para eles é uma bênção de Deus ter um membro que vai ser ordenado. Sempre que vou a casa o meu pai lembra-me que `para ser padre é preciso ser santo´, algo parecido ao que dizia o fundador da Consolata, o beato Allamano: `Primeiro, santos, depois missionários´.
Fala-nos ainda de um irmão que também o ajudou muito. «O meu irmão, desde que eu estava no seminário me questionava: `Mas tens certeza que queres ser padre, ou é só poder?´. `Não, eu sinto que Deus me está a chamar´, respondia-lhe. E então ele me dizia: `Conta com a minha oração. Se é a vontade de Deus, Ele sempre te irá guiar e vai mostrar-te o caminho justo´. Agradeço muito a família que tenho».
A Missa Nova vai ser no próximo domingo, 22 de outubro, Dia Mundial das Missões. Depois vai haver ainda a missa na família, na casa onde nasceu. Malila, explica: «As pessoas querem saber onde tu nasceste e querem fazer festa, ali. Gostam de vir ali celebrar, de se sentirem parte da família. É uma tradição muito forte, no Quénia. Muitas vezes há mais gente na missa da casa do que na da paróquia». Após todas estas celebrações, o neo-sacerdote volta a Portugal para continuar o trabalho já iniciado na animação missionária e pastoral juvenil.