Mongólia: “respira-se o frescor de uma Igreja que está na sua infância”

Nomeação de Giorgio Marengo como cardeal “representa uma profunda atenção do Santo Padre à Igreja na Mongólia, uma realidade onde a Igreja é uma minoria, no meio das grandes religiões asiáticas”, refere sacerdote missionário da Consolata

Giorgio Marengo, missionário da Consolata e bispo de Ulaanbaatar, na Mongólia, é agora cardeal, após a realização do oitavo consistório do Papa Francisco, no último sábado, 27 de agosto. Piero Demaria, sacerdote da Consolata e animador missionário em Turim, Itália, destaca que “é um desafio receber a responsabilidade de contribuir para a liderança da Igreja universal com apenas 48 anos de idade – o cardeal mais jovem da história – mas é um sinal de grande estima do Papa Francisco pelo serviço que tem sido feito e continua a ser feito na Mongólia e em todo o mundo”.

 

Entre os novos cardeais estão também Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, e Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, destaca o padre Piero, adiantando que Giorgio Marengo, chegou a Roma acompanhado por Peter Sanjaajav, seu secretário e o segundo sacerdote mongol, e ainda por Rufina Chamingerel e Monica Odzaya, ambas catequistas.

 

“Falando com eles, respira-se o frescor de uma Igreja que está na sua infância e goza daquela bênção que vem diretamente dos primeiros séculos, quando muitas mulheres e homens deixam a alegria de terem encontrado Jesus e a sua Boa Nova brilhar nos seus rostos e com o seu entusiasmo, animar outros para se lançarem no mesmo caminho”, refere o animador missionário.

 

Piero Demaria destaca que a nomeação de Giorgio Marengo como cardeal representa uma “profunda atenção do Santo Padre à Igreja na Mongólia, uma realidade onde a Igreja é uma minoria no meio das grandes religiões asiáticas”. A nomeação “representa um grande encorajamento à pequena comunidade católica para renovar fervorosamente a sua fé”, refere o sacerdote, adiantando que a Igreja Católica na Mongólia “tem cerca de 1.500 batizados e 70 missionários entre religiosos e religiosas”. Os missionários e missionárias da Consolata encontram-se no país desde 2003.