«Lutei contra Deus, mas Ele venceu»

Ordenado sacerdote há pouco mais de dois meses na sua diocese de origem, Kisumu (Quénia), Geoffrey Omondi Menya voltou ao bairro do Zambujal (Amadora) para celebrar a sua Missa Nova

Geoffrey Omondi, missionário da Consolata, nascido há 33 anos em Siaya-Nyanza, no Quénia, já tinha trabalhado no bairro do Zambujal durante todo o ano passado como diácono. Voltou agora como sacerdote para celebrar a sua primeira Missa aí onde exercerá o seu ministério pastoral. Foi recebido em ambiente de festa, rodeado por tantos seus confrades sacerdotes, irmãs e irmãos missionários da Consolata, muita gente amiga deste bairro e gente proveniente do Cacém, Algueirão, São Marcos.

Na homilia da celebração, realizada este domingo, 2 de outubro, o padre António Fernandes desejou-lhe três coisas marcadas pelas iniciais S, M, C. S de sacerdócio: vivido na escuta de Deus e no serviço dos irmãos. M de missionário: a marca da sua vocação. C de Consolata: consagrado para levar a consolação no encontro com as pessoas. Ligando o refrão cantado na Eucaristia, lembrou que o missionário da Consolata exerce o seu ministério da consolação, andando pelo mundo «para ouvir os gritos dos pobres».

Ao ofertório o coro dos jovens recordou a sua vocação de sacerdote mariano: «Oferece a tua vida / como Maria junto à Cruz / e serás servo de cada homem /servo por amor, sacerdote da humanidade». No fim da celebração, um membro da comunidade agradeceu o dom da sua vocação e augurou-lhe que «pelos caminhos do mundo seja um archote a iluminar todos os que se cruzarem com ele».

O padre Eugénio Butti, Superior Provincial dos Missionários da Consolata em Portugal, pediu ao padre Geoffrey que mantenha sempre vivo o dom do seu sacerdócio, e à comunidade do Zambujal pediu que o acompanhe com a sua oração, e que acolha outro missionário da Consolata, o padre Kuzenza, como membro dessa comunidade.

O neo-sacerdote agradeceu a todos os participantes e recordou a sua ordenação, com uma referência concreta à sua família, parte da qual não aceitara bem a sua decisão de se consagrar a Deus nesta missão. A mãe, que sempre teve bastante resistência, confessou: «Lutei contra Deus, mas Ele foi como sempre mais forte do que eu e venceu. Hoje tenho a certeza que Deus chama verdadeiramente o meu filho. À gente com quem o meu filho vai ficar só peço uma coisa: amem-no como eu o amo, rezem por ele e eu ficarei feliz».

A assembleia manifestou o seu regozijo com um vibrante aplauso. E a festa continuou com a cachupa tradicional cabo-verdiana, oferecida pela comunidade a todos os presentes nos ambientes do «Centro Consolação e Vida», onde os fiéis normalmente se reúnem para a oração, formação e convívio.

In Fátima Missionária