Liturgia do 3º Domingo da Quaresma – Ano B

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Deus não se compra

Ex 20, 1-17; 1 Cor 1, 22-25; Jo 2, 13-25

A religião é coisa séria, apesar de tantos não lhe darem importância. É zelo pela Casa de Deus, é diálogo ininterrupto com Aquele que nos ama imensamente e com quem está próximo de mim. Mas é preciso não misturar alhos com bugalhos, o mesmo que é dizer, não misturar religião com tráficos egoístas e interesses mesquinhos. Não servem câmbios ou bolsas de valores. Deus não se compra. Vive-se e ama-se no coração de cada pessoa e nas realidades humanas, onde Deus veio habitar pela Incarnação do seu Filho. Cristo, Templo de Deus. Homem, templo de Deus. Igreja reunida, presença viva do Senhor, que assegurou: “Onde dois ou mais estiverem unidos no meu Nome, Eu estarei no meio deles”. Não profanemos a sua morada.

Eis a morada de Deus entre os homens – Jesus é o nosso Santuário: o seu corpo, destruído pelo pecado sobre a Cruz, tornar-se-á, na Ressurreição, plena comunhão de vida entre Deus e o homem. A Igreja é formada pelos discípulos que, aderindo a ele, pedra viva, se tornam também eles templo santo e morada de Deus. Ajuda-nos, Senhor, a purificar os templos que somos nós, para que, livres de comércios indignos, sejamos tua verdadeira morada na terra.

A limpeza de Jesus – Jesus expulsa os vendilhões do templo. Mas é o templo do teu coração que Jesus quer limpar. Não albergues nele aquilo que se opõe à casa de Deus. Faz do teu coração um templo de oração gratuita e contemplativa. Pede-lhe um coração bom e compassivo, tal como o Seu. Fala-lhe com o teu coração, mas não confundas oração com interesses mesquinhos, porque Deus sabe do que precisas. Não mistures oração ou vida cristã com lucros materiais, honrarias ou carreiras, títulos ou privilégios. Lembra-te de que Jesus não aceita genuflexões de quem engana o seu parceiro ou mancha as suas mãos com a injustiça.

Dia da mulher: o dia 8 de março é Dia da Mulher. É fundamental defender os seus direitos. Homem e mulher iguais em dignidade. “As reivindicações dos legítimos direitos das mulheres, a partir da firme convicção de que homens e mulheres têm a mesma dignidade, colocam à Igreja questões profundas que a desafiam e não se podem iludir superficialmente”, reconheceu o Papa Francisco na sua primeira exortação apostólica. São tantos os dons intelectuais, espirituais e pastorais que a mulher pode oferecer à sociedade e à Igreja, como mãe, esposa, filha, irmã, trabalhadora ou consagrada. Louvemos o Senhor nosso Deus pelo dom que cada mulher é para todos nós.

Darci Vilarinho