Liturgia do 21º Domingo Comum – Ano A

Quem sou Eu para ti?

Is 22, 19-23; Rom 11, 33-36; Mt 16, 13-20

No centro do Evangelho deste Domingo está uma pergunta de Jesus. “Para vós quem sou Eu?” Os doze discípulos, admirados pelos milagres que Jesus fazia e fascinados pelas suas palavras e pelo seu estilo de vida, seguem-no desde há bastante tempo. Quem sabe lá quantas perguntas terão recebido dos ouvintes, quantos sinais de estima e também de ceticismo, sobre essa figura inquietante que propunha uma mudança de vida.

E hoje, quantas e quantas coisas se dizem de Jesus…
Na Igreja e fora dela, nos simpósios ou nas aulas de filosofia, em catequeses ou aulas de religião, perante o nascer ou o pôr do sol… Por toda a parte se fala dele, ou a favor ou contra. Crentes e não crentes não deixam de ser confrontados com a figura do Nazareno. Jesus continua a interessar.

E tu, que certamente já ouviste muitas vezes lalar dele, acreditas na sua Pessoa? A tua vida fica tocada pela sua Palavra? Estás apaixonado pela sua Pessoa?
É claro que não basta ouvir falar dele, nem sequer é suficiente falar dele aos outros? Se Ele não passa por dentro de ti, se não inquieta os teus pensamentos, se não revoluciona as tuas atitudes, andas muito longe de saber quem Ele é. Porque Ele é muito mais do que uma personagem da história humana, Ele é a revelação dos desígnios de Deus para cada pessoa.

Jesus interessa-se por ti. E porque quer entrar na tua vida é Ele mesmo que te faz hoje essa pergunta: Quem sou Eu para ti? Uma recordação da tua infância e dos anos de catequese ou alguém que hoje inquieta a tua vida? O cristianismo não é uma filosofia, não é adesão a uma doutrina, mas é ENCONTRO com uma Pessoa. Por isso é importante que respondas hoje a essa pergunta: Quem sou eu para ti? O que é que estás disposto a jogar por mim? Estás decidido a seguir os meus passos?

Pedro arrisca tudo: Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo! Se Ele é isso, tudo muda, porque o Filho de Deus veio até nós e entrou na nossa história humana. Se é isso, tudo muda, porque Deus não se esqueceu de nós. Se é isso, talvez tenhas encontrado o caminho da felicidade, porque a vida tem horizontes muito mais vastos. E com toda a Igreja, poderás então proclamar: Tu és o Filho de Deus. Tu és a revelação do Pai que nos ama. Tu és o amigo sempre fiel. Tu és a força inabalável da nossa Igreja.

Darci Vilarinho