Diz quem já participou nas Páscoas Jovens promovidas pelos Missionários da Consolata em Portugal que a experiência é única e marcante, e foi isso mesmo que confirmaram os testemunhos revelados este domingo, 23 de abril, em Fátima, por várias gerações de membros dos Jovens Missionários da Consolata (JMC) e pelos ‘pascoalinos’ mais novos.
«Eu estava um pouco afastada da Igreja e sentia a necessidade e a esperança de reacender a vela que tinha em mim. No fim da Páscoa Jovem [este ano, em Palmeira, Braga] senti que criei uma nova família e que já tinha, não uma vela, mas uma fogueira dentro de mim», afirmou à FÁTIMA MISSIONÁRIA Lia Aparício, de 18 anos, residente em Lisboa.
Roberto Nascimento, 17 anos, natural do Porto, também não poupa em elogios à iniciativa pascal. «Foi espetacular. Nunca pensei que fosse uma experiência tão forte. Nenhum de nós se livra do sofrimento, mas todos podemos aliviar o sofrimento dos outros», resumiu o jovem estudante, que ajuda os Solidários Missionários da Consolata(SMC) no apoio aos sem-abrigo da cidade do Porto, em regime de voluntariado.
Ao mesmo tempo, Roberto integra o JMC norte, dando seguimento a uma família criada há 25 anos e que continua a dar frutos na Consolata. «Há alguma coisa que nos move, e as várias gerações aqui representadas só provam que o espírito JMC continua bem vivo», disse Teresa Silva, uma das primeiras a integrar o movimento.
«Tivemos o privilégio de contactar com missionários com `m´ grande e é com muita alegria que vejo o JMC como um projeto consolidado, que está a dar frutos: o sermos apaixonados pela missão e por Cristo», sublinhou, por sua vez, Gonçalo Nunes, um dos fundadores do grupo.
Lúcia Tibola, irmã missionária da Consolata, quase se emocionou ao recordar as inúmeras experiências com os JMC e os `pascoalinos´ nas últimas duas décadas. «O importante é aquilo que Deus falou ao coração de cada um. Continuem a marcar os outros com a vossa presença alegre, pois se cada um de nós der tudo, este mundo vai tornar-se melhor», pediu a religiosa.
A iniciativa envolveu a participação de dezenas de jovens de norte a sul do país e de vários grupos de adultos, num encontro que teve início no sábado, 22 de abril, e serviu para comemorar os 25 anos do JMC. Entre as várias atividades, foi criado um «mini-museu», constituído por recordações emprestadas pelos membros do movimento.