«Com apenas seis anos, Jacinta só pensava em coisas para fazer o mundo mais feliz.» Foi desta forma que Aventino Oliveira, sacerdote Missionário da Consolata, apresentou uma das videntes de Fátima a largas dezenas de jovens oriundos de Espanha, Itália, Polónia e Portugal, que estão em solo nacional a participar no «Fátima Cento», um encontro europeu de jovens ligados ao Instituto Missionário da Consolata, que decorre no contexto do Centenário das Aparições de Fátima.
Com os mais novos, o sacerdote aprofundou a Mensagem de Fátima. Falou-lhes da época histórica em que os pastorinhos viram a mãe de Deus, das «aparições» do anjo e de Maria, e do convite à mudança de atitude, à oração e à capacidade de perdoar para que haja menos sofrimento no mundo e para que a paz possa triunfar. «Sem perdão não há amor. Sem amor não há vida», referiu o missionário, sublinhado que «todos devem trabalhar para que todos possam ser felizes no mundo».
Aos jovens participantes, Aventino Oliveira falou ainda de João De Marchi, fundador dos Missionários da Consolata em Portugal, de quem recebeu formação, e que publicou um dos livros mais vendidos de sempre sobre os acontecimentos da Cova da Iria, intitulado «Era uma Senhora mais brilhante que o sol». O missionário contou aos mais novos que João De Marchi «correu os Estados Unidos da América a falar das aparições» existindo, por isso, um grande contributo da Consolata «para a divulgação da Mensagem de Fátima».
A intervenção de Aventino Oliveira teve lugar no Consolata Museu | Arte e Sacra Etnologia, ao final da manhã desta terça-feira, 25 de julho. Depois de escutarem o sacerdote, os jovens colocaram-lhe as suas questões e dúvidas relacionadas com Fátima e puderam visitar o museu, conhecendo assim a sua coleção de meninos Jesus, de crucifixos, de artefactos relacionados com a evangelização e recordações dos pastorinhos de Fátima, de que é exemplo «o barrete de Francisco».
As palavras de Aventino Oliveira, assim como todo o encontro dedicado ao Centenário das Aparições de Fátima, contribui para que os jovens participantes reflitam sobre os relatos que os pastorinhos deixaram há 100 anos. «A Mensagem de Fátima marcou e ainda marca atualmente a vida concreta das pessoas. Gosto do sentido do perdão, da colaboração, da ajuda, oração e sacrifício que estão presentes na Mensagem de Fátima. Tento aplicar isso na minha vida, por exemplo, quando tento ajudar os meus colegas de trabalho quando estão com os seus problemas», demonstrou o italiano Marco Lombardo, de 29 anos.
Por sua vez, a Juan Carlos Araya, de 33 anos, fascina o facto de um dos acontecimentos mais importantes da história da humanidade ter sido confiado a uma pessoa jovem. «Deus confiou à jovem Maria todo o seu projeto de salvação, o que mostra que Deus confia nos jovens para a salvação do mundo. Deus confia na humanidade», frisou o argentino, que é sacerdote missionário da Consolata e que atualmente se encontra a trabalhar na Polónia como animador juvenil, mas que está inscrito no «Fátima Cento» como participante. O encontro prolonga-se até ao próximo domingo, 30, com visitas culturais, ações de voluntariado e em espírito de comunhão.
Juliana Batista in FÁTIMA MISSIONÁRIA