ENTREVISTA: O ‘filho do ciclone’ celebra bodas de ouro sacerdotais

O padre Joaquim Gonçalves assinala este ano 50 anos de ordenação sacerdotal. Nesta entrevista, abre alma e o coração e dá o seu testemunho missionário

Joaquim Ferreira Goncalves nasceu no dia 6 de fevereiro de 1941, em Outeiro da Ranha, Pombal, município do distrito de Leiria. Diz ter vindo à luz do dia um mês antes da data prevista; e os dias que se seguiram ao nascimento foram bastante conturbados. Após vários dias de muita chuva, no dia 15 de fevereiro daquele mesmo ano houve uma violenta tempestade em Portugal, com ventos ciclónicos que derrubaram centenas de milhares de árvores, destelhando inúmeras casas e deixando mais de uma centena de mortos e desaparecidos no país. “A casa dos meus pais ficou sem telhado. Tiveram que fugir comigo, ainda com poucos dias de vida, e com os quatro pequenos que nasceram antes de mim. A minha mãe contava-me que eu não queria mamar, que teve dificuldade para me sustentar. A agricultura tinha ficado arrasada, também. Sou filho do ciclone! Desde que nasci eu sou filho do problema”, diz com alguma ironia e soltando uma sonora gargalhada, como que a exorcizar as contrariedades da vida.

Joaquim Gonçalves entrou no seminário do Instituto Missionários da Consolata (IMC), em Fátima, em 1954. Fez a profissão religiosa no dia 2 de outubro de 1963 e a profissão perpétua a 2 de outubro de 1966. Foi ordenado padre no dia 20 de dezembro de 1969. Agora, em 2019, assinala os 50 anos de ordenação sacerdotal. A missa jubilar vai ser no domingo, 1 de dezembro, primeiro do Advento, pelas 10h30, na capela da Ranha de São João (Pombal). O Outeiro da Ranha – sua aldeia natal – não tem capela. Por isso a celebração foi direcionada para a Capela da Ranha de São João.

Nesta entrevista de vida, percorremos as principais etapas da sua caminhada, desde o despertar vocacional, passando pelo trabalho, já como diácono missionário da Consolata, nas minas de carvão na Baixa Renânia, Alemanha, e os mais de 40 anos de vida missionária no Brasil.

Como foi o seu despertar vocacional?

Nós íamos a Fátima duas ou três vezes a pé por ano, em jejum, e antes de comungar tínhamos que nos confessar. E a confissão que eu mais gostei, que verdadeiramente me encantou – devo dizê-lo – foi na Consolata, com os chamados “padres italianos”. O padre José  Bollino, depois da confissão deu-me um folheto onde se lia sobre os passos e as características da vocação. Foi aquilo que me motivou para entrar no seminário da Consolata. Esperei três anos e meio pela oportunidade de entrar. Ingressei no seminário tinha quase 14 anos e já com o ano letivo começado. Entrei no fim de outubro e o ano escolar começara em setembro. E até às férias do Natal ninguém me visitou da parte da família.

Como assim?

Sim, ninguém da minha família me veio visitar. Não conheciam, não sabiam quem eram estes padres. Na altura eram conhecidos apenas como ‘padres italianos’, gente estranha! Mas entrei também contra a vontade da minha mãe, que era leiga franciscana e queria que eu entrasse nos franciscanos. Mas eu preferi a Consolata, por causa das confissões. Por outro lado, eu tinha entrado na Consolata contra a vontade do meu pároco, o padre João, que queria que eu entrasse no seminário diocesano e até me garantiu que me ia pagar toda a despesa para eu ser um futuro pároco na diocese de Leiria. Curiosamente, tornei-me no primeiro missionário ad gentes, da Consolata, do município de Pombal. Depois vieram outros: os padres Adelino, Diamantino (atual bispo de Tete), Patrick , Carlos Alberto, e irmão Carlos Margato.

A partir do momento em que entrou no seminário dos ‘padres italianos’ – como designou antes os Missionários da Consolata -, começou a ir tudo sobre rodas?

Bem, não foi bem assim. Passado um tempo, o padre Carreira decidiu mandar-me embora do seminário, dizendo que eu era problemático, que mexia em tudo, pois eu não gostava de ver nada desarrumado e queira arrumar sempre tudo, e o padre Carreira, que não queria que eu mexesse em nada, disse: “Amanhã fazes a mala e vais-te embora!”. Fiquei muito triste. Naquela noite, fui para a cave rezar o terço. Entretanto, o padre Aldo Mongiano (hoje bispo emérito do Roraima, já com 100 anos), ouviu-me, aproximou-se, perguntou o que estava ali a fazer e eu contei-lhe o que tinha acontecido. Então, ele disse que eu não ia embora coisa nenhuma, e acrescentou: «Eu não quero perder nem o pão, nem o vinho nem o chouriço da tua família». Depois, levou-me pela mão até ao refeitório dos padres, pois eu ainda não tinha jantado, e depois de saciado disse que fosse dormir descansado, que «eu não te deixo ir embora». E é então que a minha vocação começa a ser um pouco mais consistente e eu mais disciplinado, porque nessa época a disciplina era muito rigorosa .

O critério usado pelo padre Aldo Mongiano para o seminarista Joaquim continuar no seminário é que parece pouco consistente, não?!

Pode ser… A minha mãe trazia essas coisas para o seminário, quando me vinham visitar a Fátima. E a decisão do padre Aldo, impedindo que me fosse embora, permite-me hoje dizer, com alguma graça, que ‘pão, chouriço e vinho’ foi o preço da minha vocação. Aí a minha vocação começa a ter maior consistência!

Ainda se lembra dos formadores que teve em Fátima?

Sim, os padres Manuel Carreira, Fatela, Aventino e Lorenzo Cavalera (irmão de Dom Carlos Cavalera, que foi bispo no Quénia).

Fale um pouco do seu percurso até à ordenação sacerdotal?

De Portugal fomos três para o noviciado em Rosignano-Monferrato, na Itália. Era eu, o Adelino, que era muito meu amigo, e também o Filipe Couto, moçambicano. Depois do segundo ano de filosofia em Fátima, trabalhando no seminário como assistente, fiz parte do primeiro grupo de estudantes de teologia que foi morar no seminário teológico internacional do IMC em Bravetta, Roma. Recordo-me que ainda trabalhei muito de pedreiro para transformar um depósito de palha em capela daquele seminário, pois ainda não estava construída quando fomos para lá. Recordo também que todos os 18 estudantes de teologia dormíamos numa mesma camarata. Ainda não havia quartos!

Vivi em Roma um tempo muito rico de experiências e de poder encontrar-me com bispos que estavam a participar no Concílio Vaticano II. Terminei ali os meus estudos com a licenciatura em Teologia, na área da Cristologia, com o tema ‘Renascer em Cristo: A nova criatura na teologia de São Paulo”.

Sei que esteve várias vezes na Alemanha. Fale dessas experiências?

No primeiro ano de teologia frequentei as aulas de alemão, cujo professor era um jesuíta que no fim do curso me atribuiu uma bolsa de estudo da língua alemã na Alemanha. Em 3 meses fiz o primeiro e o segundo ano. A partir daí, comecei a passar as minhas férias na Alemanha em trabalhos diferentes: com jovens, num orfanato. Quando já era diácono, um funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros conseguiu uma vaga para eu trabalhar nas minas de carvão, em Essen (Baixa Renânia). Exerci lá o meu diaconado, aquele período de preparação para a ordenação sacerdotal. Estando ali, fui o fundador, em 1969, da primeira comunidade portuguesa de emigrantes na Baixa Renânia. Nessas minas trabalhavam muitos emigrantes clandestinos: libaneses, italianos, portugueses, franceses, enfim, gente de todo o lado. Foi uma experiência muito interessante e enriquecedora. Depois de duas semanas de trabalho no subsolo, o gerente me pediu para fazer um teste. A partir daí fui colocado na secretaria de atendimento dos operários das línguas: portuguesa, francesa, italiana e espanhola. Tanto é assim que quando terminou o prazo para eu voltar para Roma, o gerente me chamou e me ofereceu a carteira de contrato de trabalho, como empregado da empresa. Quando voltei a Roma, mostrei a carteira ao padre Pasqualetti e perguntei, meio na brincadeira: «Olha, o que faço, vou ser ordenado padre ou fico empregado da empresa onde estava a trabalhar?». Ele olhou para mim e riu.

Consta que teve que renunciar também a uma bolsa de estudos muito apelativa?

Na Alemanha tive muito contacto com os presbiterianos e bebi muito de uma visão teológica ecuménica. Esse relacionamento estimulou-me a estudar aspetos importantes da teologia deles que foram úteis para elaborar a minha tese. Tanto assim que os jesuítas me ofereceram uma bolsa de estudos para ir estudar para o Centro Ecuménico de Genebra, por causa da tese que eu fiz. Mas, ainda que me parecesse muito interessante, não tendo o aval dos superiores de então, e tendo recebido, entretanto uma nova destinação, renunciei a essa bolsa de estudos.

Foi ordenado padre em Roma. Algum motivo especial para escolher ser ordenado padre ali?

Fui ordenado em Roma porque eu não queria viajar, gastar dinheiro, e queria uma ordenação muito concentrada no sacramento, na vida sacerdotal e missionária. Queria também estar mais próximo das pessoas com as quais trabalhei na pastoral: os presos do Ara Cieli e pessoas abandonadas, idosos e doentes. A ordenação sacerdotal foi na capela de umas irmãs religiosas de Bravetta, onde o padre Pasqualetti era capelão. Depois de uma conversa que tive com um coirmão italiano (o padre José Fritzi), que já tinha a data marcada para a ordenação em Bergamo (Itália), decidiu mudar e veio para Roma para ser ordenado na mesma celebração, comigo.

Após a ordenação sacerdotal, foi logo para o Brasil?

Não. Antes estive, durante dois anos, em Vila Nova de Poiares, na formação. Fui depois para Fátima, para trabalhar na animação missionária e vocacional (AMV) e na revista Fátima Missionária, da qual fui diretor. Entretanto, fui eleito conselheiro regional e pouco depois fui para o Cacém, para o seminário filosófico, na Quinta do Castelo, onde fiquei cerca de um ano e meio, até que, em 1974, fui eleito superior regional, uma semana antes do 25 de abril. Passados três anos, apesar de ter sido votado para um segundo mandato, já não aceitei. Queria muito ir para África. E, um pouco mais tarde, em junho de 1979, fui para lá destinado. Porém, passado pouco tempo, a direção geral do IMC mudou a destinação e mandou-me para o Brasil, para a formação de futuros missionários na filosofia.

E por ali ficou mais de 40 anos, até agora?

Fiquei lá quase todos esses anos. Comecei como formador no seminário filosófico em São Paulo e, em 1983, o Instituto decidiu transferir a filosofia para Curitiba, onde não tínhamos ainda seminário. Durante as primeiras semanas moramos nos Claretianos, até arrumarmos uma casa de madeira e cheia de caruncho. Depois das aulas de manhã íamos adaptar essa casa para ser morada de 13 jovens. Em 1984 começamos a construção do seminário com ajuda financeira da Adveniat e para lá mudamos em novembro de 1985. Em 1986 fui para Paris estudar pastoral juvenil e liturgia na Universidade Católica. Antes de terminar o bacharelato, o superior me chamou de emergência para o Brasil e no ano seguinte fui eleito superior regional.

Fez missão também na Bahia. Como foi essa experiência pastoral?

A partir de 1990, depois da beatificação do nosso Fundador fui destinado ao sertão baiano, onde vivi aqueles dois anos de sede e de fome. A nossa casa paroquial se tornou também de acolhimento de crianças declaradas pelo hospital irrecuperáveis. A irmã Lurdes, como boa enfermeira e ajudada por mães voluntárias, conseguiu salvar 24 crianças. Tivemos ajuda do UNICEF e do governo federal, porque o nosso trabalho social foi divulgado pela imprensa. As ajudas chegaram sem termos feito qualquer solicitação. Nos anos seguintes dediquei-me muito à área pastoral, de evangelização e AMV. Desde o sertão da Bahia, passando por Salvador da Bahia, com trabalho nas palafitas e no mangue, passei a trabalhar na maior favela de São Paulo, Heliópolis.  Além da organização das comunidades nessa grande favela, onde morei sozinho mesmo contra a vontade do bispo que pensava que vivesse em risco de vida, consegui unir profundamente a evangelização e a promoção humana, inclusive a criação de uma Associação, ainda hoje vigente, constituída por pessoa com deficiência. Nesse período, a diocese de São Paulo decidiu criar aí a paróquia Santa Paulina, canonizada em 2002. Trabalhei bastante com os excluídos, com os mais pobres, com a pastoral carcerária. Trabalhei com as populações também na dimensão da promoção humana, para os pobres terem uma vida minimamente digna. Questões tão básicas como as problemáticas do direito à habitação, esgoto, luz elétrica,… Sempre procurei estar perto dos grandes chefes da droga para dialogar e anunciar-lhes a novidade do Evangelho. Isso criou muitas críticas no começo, mas devagar desapareceram. Em 2008 os superiores me transferiram para Manaus (capital da Amazônia), onde permaneci cuidando da formação dos nossos estudantes de filosofia e evangelizando os ocupantes das chamadas “áreas de invasão”. Nessas áreas havia também brasileiros índios, a maioria vivendo muito precariamente e com grandes problemas de saúde. A minha pedagogia ajudava-os no modo de proceder quando chegasse a polícia para expulsá-los. Sempre deu certo.

Também chegou a ser superior regional no Brasil…

No Brasil também fui superior regional do IMC, mas já não aceitei um segundo mandato. Achava que deveria (voltar) comprometer-me mais com o povo das favelas, trabalhar com os pobres, com o povo, abraçando as questões sociais, para ajudar o povo a entender o sistema e dar-lhes uma compreensão simples e transformadora para eles se poderem comprometer e saírem das situações em que se encontravam. Podem imaginar que na favela de Heliópolis, na primeira sexta-feira santa que organizei só havia na via sacra 85 pessoas e no ano seguinte havia mais de seiscentas, porque, crianças e agentes de pastoral trabalharam durante a quaresma em vista de fazer uma via sacra percorrendo toda a área, onde moravam cerca de 80 mil pessoas.

Nesse sentido, a experiência missionária na favela de Heliópolis, em São Paulo, foi para si um laboratório de missão?

É uma favela enorme. Já em 2002, quando fui para essa favela, comprometi-me e desafiei-me a visitar casa por casa. E assim o fiz. Terminava sempre as visitas no sábado, com a missa. Não havia capela, mas celebrávamos numa casa que fosse maior, mais espaçosa. Quando não havia mesa cheguei a celebrar em cima do fogão. Qual era o problema? E assim foi crescendo a comunidade. Fiquei ali de janeiro a outubro daquele ano, fazendo todas aquelas visitas, até que os superiores me levaram para o prédio do seminário teológico de São Paulo, até 2006. Mas depois fui transferido novamente para essa favela. E foi nesse ano que se deu a via sacra de mais de 600 pessoas participando. Gosto de estar com os pobres. A promoção social é muito importante que seja integrada na evangelização. Entrei na Comissão Missionária da arquidiocese COMIAR. Fui para a Comissão Nacional de Justiça e Paz, onde fiquei dois anos e meio. Trabalhei contemporaneamente na Diretoria Nacional dos Direitos Humanos, para a qual fui eleito na Assembleia Geral. Só souberam que era padre depois que fui eleito.

Quando fui transferido de Heliópolis para Manaus, deixei o projeto de construção da igreja de Santa Paulina na favela já pronto, mas antes de começar a obra, a diocese pediu à Consolata para deixar esse trabalho com a diocese. Mesmo assim fui convidado para a inauguração da igreja, mas não podia ir. No entanto, pouco depois mandaram buscar-me na nossa Casa da Consolata para ajudar na novena da padroeira e celebrar do primeiro ano de dedicação da igreja paroquial.

Em vários dos lugares onde fez missão foi muito amado, mas também chegou a viver situações difíceis, e até mesmo a receber ameaças de morte?

Sim, em Manaus, por exemplo. Com a questão das ocupações … A metodologia era a seguinte: quando chegava a ordem de expulsão nós nos colocávamos na frente com as mães, crianças ao colo, … Sem medo. Eles davam ordem para sair, mas ninguém se mexia. Era uma metodologia de resistência, não armada, para eles não saírem, serem expulsos das áreas ocupadas da periferia de Manaus. Essa metodologia tinha uma eficácia de cem por cento.

E também com a minha experiência no sertão da Bahia (Monte Santo, Salvador,…), na pastoral, incomodando os políticos, sendo ameaçado até de morte,… Mas em Monte Santo, por exemplo, quando saí para a periferia de Salvador, fui convidado para participar da convocação especial dos vereadores, onde me teriam atribuído a título de cidadão do município. Não fui porque me parecia que o certo seria dar esse título a toda a equipe de pastoral, dois padres e duas irmãs da Consolata. Mas enviaram-me o documento.  Houve de tudo um pouco.

Entretanto, por questões de saúde, passou um tempo em Portugal.

Sim. Em outubro de 2010 fui destinado para Portugal, por questões de saúde, para a comunidade de São Marcos, no Cacém. apesar de que a paróquia ainda não tinha sido oficialmente entregue aos Missionários da Consolata, mas já estava em perspetiva. Já cuidava de todos os aspetos da pastoral quando chegou de Roma nova destinação. Os superiores sabiam que não era preciso consultarem-me para fazer mudanças de lugar ou de serviço.

Voltei para o Brasil no começo de 2012, para diretor da revista Missões, cargo que ocupei até 2014, quando o neurologista aconselhou a não me ocupar em atividades com forte exigência de concentração por causa do processo iniciado do Alzheimer. Voltei para a periferia de São Paulo, em 2014, para a paróquia Nossa Senhora da Penha, no Jardim Peri. Muito perto dali, foi criada, em 2015, a paróquia de São Marcos, e foi-me pedido para ir para lá para dar uma melhor organização pastoral. Entretanto, já em 2016, o superior regional pediu-me para ir cuidar da formação dos jovens do propedêutico em Cascavel. Antes de ser destinado neste ano de 2019 para Portugal, estava na Casa Regional em São Paulo, em serviço pastoral e cuidados médicos.

Passam 50 anos de vida sacerdotal, como missionário da Consolata. Quais os sentimentos que o habitam neste momento?

O meu sentimento é de ação de graças muito grande. Não imaginava na minha vida percorrer tantos lugares, apesar da minha saúde frágil … Nunca perdi a coragem, nem tive medo de armas nem de perigos de morte. Fui duas vezes pela policia, e por assaltantes também duas vezes. Não recebi tiros nem fui roubado.

Qual o sentimento ao voltar para Portugal, agora?

É renascer, preciso de renascer para me adaptar novamente às circunstâncias daqui e não desistir de trabalhar naquilo que for possível. A minha mãe na vocação é a Consolata, mas a minha madrinha é Nossa Senhora de Fátima e o meu pai é o beato Allamano, o fundador deste instituto missionário que um dia me acolheu, abrindo-me as portas para missão ad gentes, além-fronteiras.

 

Entrevista e foto: Albino Brás